História
História de Raul Soares.
Publicado em 20/07/2011 18:00 - Atualizado em 15/07/2014 09:19
Gentílico
raul-soarense
Histórico
Seus primeiros habitantes foram os índios Boachás que povoavam as ricas montanhas do córrego que hoje herdou esse nome.
Os primeiros posseiros da região foram os irmãos Cassimiro e Domingos de Lana, procedentes de Mariana-MG que aqui chegaram em janeiro de 1837.
Foram eles os primeiros elementos civilizados que deram ao local as cores do progresso.
Depois que expulsaram os índios de suas terras, os irmãos tomaram posse das ricas montanhas do Córrego do Boachá, deixando aqui seus colonos para manter a posse das mesmas.
Em 1841 venderam essas terras a Francisco Alves do Vale que ali se fixou com sua família. Os filhos deste, José, Jacó, Francisco e Manoel Alves do Vale, depois da morte do pai, doaram parte de suas terras para construção de uma igreja em honra a São Sebastião.
A região era extremamente palustre, cheia de charcos e foi com o intuito de obter as graças do santo para o abrandamento das epidemias que passavam que se realizou a referida doação.
A primitiva capela foi fundada pelo Padre Francisco Antônio de Carvalho que era vigário de São Pedro dos Ferros e passou a residir junto à capela que criara.
Por estar entre dois rios, Matipó e Santana, a povoação passou a se chamar São Sebastião de Entre Rios. Por escritura lavrada em outubro de 1873, João Pinto de Oliveira aumentou seu patrimônio, doando cinco alqueires de terras.
O povoado foi elevado à categoria de Distrito pela Lei nº 146, de 03 de fevereiro de 1902 do município de Ponte Nova.
Em 30 de agosto de 1911, em cumprimento à Lei Estadual nº 556, o distrito de São Sebastião de Entre Rios, segundo nova divisão administrativa, deixou de pertencer a Ponte Nova e passou a compor o município de Rio Casca.
A emancipação-
O distrito de São Sebastião de Entre Rios emancipou-se pela Lei Estadual nº 843 de 07 de setembro de 1923, desmembrando-se de Rio Casca; a sede foi elevada à categoria de Vila, passando a integrar-se como município com o nome de Villa Matipóo.
Essa lei foi sancionada pelo então presidente do Estado de Minas, Dr. Raul Soares de Moura (nascido em Ubá) que faleceu em 4 de agosto de 1924, antes de completar 48 anos (que seria em 7 de agosto do mesmo ano).
O novo município de Matipoó foi instalado solenemente em 20 de janeiro de 1924, Dia do Padroeiro São Sebastião, com a posse dos primeiros vereadores eleitos em outubro de 1923, com mandato de 20 de janeiro de 1924 a 16 de maio de 1927 e que formaram a primeira Câmara Municipal: Joaquim Milagres Sobrinho (que presidiu a sessão inaugural, como o vereador mais votado), João Domingos da Silva, Raymundo Raphael Coelho, José Maria de Souza, Francisco Costa Abrantes, Joaquim José da Silveira e Carlos Gomes Brandão.
Assumiu o governo do novo município o vereador Raymundo Raphael Coelho, eleito presidente do Poder Legislativo. Naquela época não havia prefeito, cabendo ao presidente da Câmara a dupla função.
O presidente de Minas Gerais, Dr. Raul Soares de Moura, veio a falecer em agosto de 1924, assumindo em seu lugar o vice-presidente Olegário Dias Maciel que pela Lei estadual nº 862, de 19 de setembro de 1924, alterou o nome de Matipóo para Raul Soares, atendendo reivindicação popular em manifesto escrito e com apoio da Câmara Municipal.
O município é composto atualmente pela Sede (Raul Soares) e pelos distritos de Bicuíba, Santana do Tabuleiro, São Sebastião do Óculo, São Vicente da Estrela e Vermelho Velho.
A emancipação do distrito de São Sebastião de Entre Rios e a criação do município de Matipóo contou com o entusiástico apoio de importantes lideranças da região, sendo uma delas o Coronel João Domingos da Silva, vereador especial na Câmara Municipal de Rio Casca. Também à causa o Coronel Joaquim Milagres Sobrinho, forte liderança política local.
(Jonathan Faria com pesquisa e informações do historiador José Geraldo Leal)
por Coord Comunicação e Relações Públicas